segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Vigésimo primeiro dia, o indesperado aconteceu

Saímos cedo de São Miguel das Missões com destino a São Paulo, como é sábado ainda há uma parada em algum lugar antes de seguimos para a nossa amada Capital. Para sair de São Miguel no sentido das BR´s temos que seguir pela BR 285 e a partir daí subir pela 116 ou seguir para o litoral pela 101, ambas no sentido norte em direção a Curitiba.
Seguimos pela 285 com muitos carros, a maioria de argentinos em direção ao nosso litoral, portanto cuidado redobrado. Optamos por seguir pela 285 até a 116 e depois em Lages pegar a 282 até Florianópolis, onde iríamos encontar o Edson, que estava também de moto em Cusco.
O GPS havia roteado um caminho diferente, mas nas paradas para abastecimento perguntávamos para os motoristas da região e todos indicavam que a nossa escolha era a melhor.
Seguimos pela 285 e entramos na 116 na região de Vacaria, seguimos pela 116 em direção a Lages.
Mas chegando em Lages, em um trecho onde havia uma sequência de carretas "bitrem" optamos por iniciar a ultrapassagem da primeira, o trecho bem reto, com um inclinação de subida. Abrimos e ultrapassamos todas as carrocerias, no entanto quando estávamos ao lado da cabine o motorista da carreta "resolveu" ultrapassar duas carretas iguais as dele e jogou a carreta contra a moto. Foi um instante onde foi possível jogar a moto para longe, cravar o dedo na buzina, diminuir um marcha e e acelerar com tudo para fugir daquela situação. Mas como se tivesse pedido o motorista jogou ainda mais a cabine, batendo o para-choque dianteiro contra o baú lateral da moto, tirando a mesma bruscamente da trajetória e nos derrubando.
No local não havia acostamento, mas apenas um declive bem íngreme de grama. A Carol caiu em uma parte alta próxima da pista e o Fernando juntamente com a Strom desceram a barranca por uns 15 metros abaixo.
A bota da Carol esgarçou e o pé dela sofreu uma lasceração bem profunda próximo ao dedão do pé esquerdo, vários ralados e dores em consequência do impacto, já o Fernando teve uma lasceração no joelho esquerdo, um ralado no ombro esquerdo e também várias dores pelo corpo todo.
A Polícia Rodoviária chegou ao local em poucos minutos e acionou o resgate que chegou depois de mais uns 25 minutos e começou a nossa remoção para o Hospital Nossa Senhora dos Prazeres em Lages.
Chegando lá começaram os primeiros traramentos e exames antes de começar a retirar os equipamentos de imobilização, foram alguns raio-x e e tomografia além de exames feitos pelos próprios médicos. A Carol tirou os esquipamentos de imobilização e um médico começou a suturar o pé dela. O Fernando ficou em observação pois havia uma suspeita que mais tarde foi confirmada, uma hemorragia interna causada pela ruptura do baço, sendo necessária uma cirurgia imediata.
A Carol fez contato com os pais e avisou o ocorrido, claro que eles ficaram muito preocupados e assim que possível foram diretamente para Lages para nos encontrar, chagando em Lages já as 7:15 da manhã do dia seguinte, sendo que o Francisco, pai do Fernando cuidou da moto e dos documentos, a Wandi, mãe da Carol ficou ficou com ela e a Herminia, mãe do Fernando ficou com ele. O Manoel, pai da Carol ajudou de São Paulo com alguns contatos e com os documentos da liberação da moto.
Depois da sutura a Carol já teve alta, mas aguardou na enfermaria até o dia seguinte, o Fernando ficou em cirurgia no começo da madrugada e de manhã estava em um quarto para repouso.
Após a chegada dos pais de manhã a Carol junto com a mãe dela articularam um retorno mais do que rapidamente para São Paulo, pois era necessário um tratamento mais cuidadoso do pé que seria poderia ser feito com alguns médicos já conhecidos, infelizmente para o Fernando o retorno foi vetado e a recuperação deveria ser em Lages mesmo, inclusive viagens de avião foram vetadas.

Vigésimo dia, finalmente Brasil

Saímos mais bem mais tarde que o de costume, pois a quilometragem não era muito grande, uma vez que a idéia era seguir agora até São Miguel das Missões onde poderíamos assistir ao espetáculo de som e luz que conta um pouco sobre a história dos 7 povos das Missões.
Conhecemos um pouco de Corrientes e saímos quase na hora do almoço juntamente com o Sr. Clandio e o Juliano. Paramos em um último posto de gasolina fora do Brasil para fazer o nosso último abastecimento de gasolina pura e mais barata, aproveitamos para nos despedir, pois o Sr. Clandio e o Juliano iriam direto até a casa deles.
Seguimos bem e depois de algumas horas estávamos passando a fronteira e entrando no nosso amado Brasil, por mais que a viagem tenha sido maravilhosa e perfeita, estar de volta no Brasil é sempre algo emocionante.
Passada a fronteira, alguns quilômetros depois, alguns toques na buzina marcaram a despedida dos nosso novos amigos e seguimos até São Miguel das Missões. O tempo foi passando rápido e chegamos lá apenas as 9:00 da noite, em cima da hora de início do show, que é muito bonito e conta muito sobre a história dos 7 povos das Missões, certamente um passeio que vale a pena voltar depois e conhecer com mais calma.
Ficamos em um hotel que é um verdadeio oásis, enorme e muito bonito e moderno, certamente o Wilson Palace é um hotel que surpreende a todos os que conhecem.
Jantamos pelo hotel mesmo e fomos dormir, pois agora o nosso caminho estava um pouco maior que antes e portanto iria demandar um número maior de horas de pilotagem até o retorno a São Paulo.
Abraços a todos

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Décimo nono dia, mais calor que no deserto

Mesmo sabendo que seria um dia longo haviam pendências para resolver e o comércio só abriria as 9 da manha, portanto nao adiantava ter muita pressa. Resolvemos tudo, mas só conseguimos sair da cidade de Salta as 10:30, com destino a Corrientes ou pelo menos a Presidencia Saez Peña.
Depois de 180 Km paramos para abastecer e colocar um pouco mais de gasolina no "bidon" para seguir viagem mais tranquilos, uma vez que haviam relatos de falta de gasolina.
Seguimos direto para o segundo abastecimento, mas nao havia gasolina, no entanto a 300 metros havia outro posto, este sim com gasolina. Neste local conhecemos uma família que estava viajando de carro e havia tido problemas de pane seca, portanto redobramos a atençao e as paradas.
O calor é algo quase insuportável, parece mentira mas o Chaco é mais quente e abafado que o próprio deserto, nas primeiras horas da tarde dá vontade de parar e esperar o sol baixar, mas como a quilometragem é grande o negócio é seguir em frente e tomar muita água.
Depois de alguns quilômetros mais um posto e mais uma parada, onde haviam dois brasileiros seguindo de moto para Atacama e que nos informaram que havia um posto policial a frente pedindo uma propina.
Mais uma pernada. agora bem mais longa e paramos em outro posto com gasolina onde conhecemos o Sr. Clandio e o Juliano, pai e filho que voltam de moto do Atacama e sao de Sao Luiz Gonzaga, no Rio Grande do Sul.
Apesar de ser um pouco tarde, como eles estavam a caminho de Corrientes também optamos por seguir de Saenz Peña para dormir em Corrientes, agora um pouco mais perto do Brasil.
Vamos aproveitar para deixar um parabéns para o nossos primos Marcelo Bifano e Joao Wicky.
Abraços a todos

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Décimo oitavo dia, o começo do retorno

Logo cedo acoradamos e começamos a arrumar a bagem, até porque a aduana só abria as 8 da manha, essa foi a parte fácil, difícil foi achar o único posto de gasolina na cidade, que fica dentro da Losteria San Pedro.
A passagem foi relativamente rápida e seguimos para o Passo Jama, a fronteira asfaltada da regiao. O trajeto é muito bonito e passa próximo de vulcoes e paisagens muito bonitas.
Chegando na fronteira da Argentina começou a demora, chegamos junto com um ônibus do Peru e a fila era muito grande e ficamos aguardando bastante tempo para o atendimento e vistoria da moto, que foi bastante rápida.
Logo depois da passagem pela aduana jé paramos em um posto que fica quase na fronteira e pegamos informaçoes sobre a falta de combustível que atinge o norte da Argentina. Depois desse posto o próximo era só a mais de 300 km e no final só conseguimos gasolina em Jujuy, fechando o odômetro em 325 km, mas com a altitude do passo de 4170 metros e um longo trecho de descida a média ficou em mais de 16 km/l, sendo suficiente sem utilizar o "bidon" que continha mais de 5 litros.
Depois de Jujuy seguimos para Salta onde comçamos a procurar por uma concessionária para a troca de óleo do motor. Descobrimos que a Suzuki havia virado Yamaha e lá fomos muito bem antendidos, sendo feita a troca de óleo e também uma vistoria sobre o possível problema elétrico. Tal foi nosso susto quando vimos três mecânicos ao redor da moto fazendo uma avaliaçao.
Depois de muito investigar o veredito foi de que havia uma montnha de pó dentro do contato do botao de partida, o que estava dificultado a mesma. Um jato de ar e todo o problema que estava tirando o nosso sono estava resolvido, agora a Strom está de volta a 100%.
Moto pronta fomos a um hotel próximo e que tinha boa aparência, mas como as aparências enganam o quarto era muito ruim e nao havia água. Depois de reclamar fomos trocados de quarto e assim que entramos a cama estava descoberta e com uma barata sobre a mesma. Para nao dizer que somos frescos tentamos ficar lá, mas depois do cheiro de cigarro e do fato do travesseio da barata ter sido simplesmente colocado em outro quarto optamos por sair do hotel.
Já alojados em um novo hotel, agora sim mais confortável e quase pelo mesmo preço, tratamos de ir dormir porque já era muito tarde.
Abraços a todos

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Décimo sétimo dia, pouco tempo para tantos passeios

Logo pela manhã, ou pode-se dizer da madrugada a van da empresa de turismo nos iria buscar para irmos ao Geiser del Tatio e as emoções começaram logo cedo. Juntamente com 4 chilenos e o nosso recém amigo Fernando ficamos aguardando a van que não aparecia, apesar de todas as pessoas dos outros hotéis já terem saído, mas surge um farol e uma van identificada como da agência aparece e como vem segue seu caminho. Depois de acharmos que estávamos esquecidos aparece um pequeno ônibus para nos buscar.
O caminho é longo e de muita subida, assim como a agência havia nos informado haveria um pouco de frio e caso desejássemos poderia levar roupa de banho. As informações eram um pouco desencontradas e para alguns não haviam falado da roupa de banho, no nosso caso um pouco de frio era -5 graus. Estavamos com um moletom e uma calça de esporte, assim o frio foi quase de matar durante o passeio dos Geisers.
Depois café da manhã e um banho em uma piscina termal, difícil mesmo foi sair, apesar do dia estar um pouco mais quente. Seguimos para uma visita a comunidade Machuca que conta hoje com 5 habitantes, com algumas paradas para fotos do local.
Chegamos ao meio dia, fomos almoçar, passear pela cidade e resolver algumas coisas rapidamente pois antes das 4 da tarde deríamos estar em outra agência para conhecer a Laguna Ceja, que é mais salgada que o Mar Morto. Passadas as informações de segurança fomos dar um mergulho, que além de impossível é proibido, a pessoa simplesmente não afunda, muito engraçado.
Saindo de lá fomos a outra laguna, essa sim criada pelo homem e com uma água menos salgada, mas muito fria.
Depois um passeio no Salar de Atacama e com direito a um pôr-do-sol com Pisco Souer.
Voltamos para a cidade para mais um passeio e seguimos para o hostal para descansar.
Abraços a todos

Décimo sexto dia, finalmente a meca dos mototuristas

Acordamos não muito cedo e começamos a arrumar as coisas, fomos tomar um café da manhã e conhecemos lá o Rodrigo, um chileno muito gente boa que é casado com uma brasileira e estava acompanhando algumas etapas do Dakar, com a ajuda dele nós e mais outros dois motociclistas em viagem fomos a uma concessionária da Suzuki, nosso interesse era trocar a pastilha traseira que era a vulcanizada em Cusco, mas só havia uma e os nossos amigos estavam numa Strom com a traseira no "ferro", deixamos com ele.
Saimos mais tarde ainda e fomos na contra-mão para a mão do deserto, um destino que todos os motociclistas que passam por Antofagasta vão para tirar uma foto e conosco não poderia ser diferente.
Muitas fotos tiradas e votamos para a direção certa, no sentido de Calama, como os postos não são muito frequentes abastecemos logo no acesso da Panamericana, mesmo sabendo que estávamos a pouco mais de 100 Km.
Depois de abastecer a Strom deu o primeiro sinal de cansaço e precisamos insistir na partida para que a mesma pegar, mas não com dificuldade, simplesmente não dava a partida e sim apenas um estalo. Como ela funcionou optamos por seguir em frente e ver uma possibilidade em Calama, que é um pouco maior.
Chegando em Calama, encostamos em um taxi e perguntamos sobre a Suzuki, o mesmo bastante prestativo pede para que o siga e depois de várias voltas chegamos em uma concessionária de automóveis, uma confusão bastante comum por aqui.
Conversando com uma pessoa que parecia ser o dono, foi nos sugerido que fossemos até Salta, já na Argentina, pois no Chile seria difícil.
Seguimos em direção a São Pedro de Atacama e adentramos a pitoresca cidade logo no começo da tarde, procuramos um lugar para ficar e depois de alguns locais achamos um hostel, mas com quarto do tipo suíte, bem próximo do centro. Logo de imediato já fomos as agências de turismo para ver um ou mais passeios para o dia seguinte.
Jantamos e logo fomos dormir pois descobrimos que a van nos buscaria as 4 da manhã.
Abraços a todos

domingo, 9 de janeiro de 2011

Décimo quinto dia, vamos descer o Chile, mas para onde

Logo cedo a primeira informação do dia era de que não havia postos de Arica até Iquique, a cidade que pretendíamos pernoitar, um trajeto de 310 km sem nada de gasolina. Como a Strom tem bebido demais, creio que em uma velocidade de cruzeiro mais baixa e sem muitas ultrapassagens nós chegaríamos lá, mas a idéia não é correr riscos, então paramos em um posto de rede Copec, que possui os famosos "bidons", sendo que o menor era de 10 litros, para lá de suficiente para rodar tranquilo.
Tudo devidamente amarrado na já lotada Strom e seguimos viagem, logo início o nosso amigo Russo nos encontra na estrada e seguimos próximos, com a diferença que estamos mais devagar para economizar. Durante o próprio trajeto pensamos, já que o Rally vai para Antofagasta, que dista mais quase 500 km de Iquique podemos seguir um pouco mais e foi o que fizemos.
Passamos pela entrada de Iquique na Panamericana e seguimo reto, logo depois havia um posto de gasolina, mas com muita fila, de carros do Dakar, pura emoção e também nosso amigo russo. Abastecemos sem usar nada da nossa reserva e seguimos.
Rodamos mais de 240 km e a moto estava econômica, mas derrepente um dos elasticos solta e o nosso tão bem preso "bidon" se vai com nossa reserva. Rapidamente paramos a moto e corremos para ver, ele havia rachado e a gasolina estava vazando, mais do que rapidamente colocamos o que sobrou no tanque da moto e parte na pintura, jogamos uma água para não manchar e seguimos, agora para ver até onde dava, pois o tanque não estava completo.
Olhando a quilometragem vimos que não seria possível chegar a Antofagasta, olhando pelo GPS a informação de que passaríamos por uma cidade com posto de gasolina, sendo que seria um desvio de 12 km para ir e mais 12 para voltar.
Dito e feito o posto estava lá, abastecemos e seguimos viagem. Depois de mais de 100 km paramos em mais um posto só para completar e seguir viagem sob um vento lateral quase surreal, que formava como se fosse pequenos furacões de areia.
Chegamos em Antofagasta sob um maravilhoso pôr-do-sol e seguimos para a concentração do Dakar, curtimos mais um pouco o visual, mais algumas fotos e fomos procurar por um hotel, de onde estamos escrevendo agora.
Abraços a todos

Décimo quarto dia, a grande decisão

O décimo quarto dia começou com a maior decisão da viagem, qual caminho seguir, mas antes vamos falar um pouco do preparativos para que todos possam entender.
Quando o roteiro original foi elaborado a idéia era voltar pelo Chile e pela Argentina, só apenas quando o nosso amigo, conselheiro, guru e que nos deu todo o suporte nos preparativos da viagem o Ricardo "Atacama" (http://www.motoatacama.com.br/) voltou de sua viagem pelo salar de Uyuni na Bolívia, mudamos o roteiro entusiasmados com seus relatos e fotos do passeio.
Depois de ouvir alguns relatos de pessoas em Cusco sobre as condições do nosso caminho, depois de castigado por vários dias de chuva, ficamos um pouco ressabiados e optamos por rever a possibilidade de retornar pelo Atacama.
Todos os amigos também nos indicaram voltar pelo Atacama, inclusive pela presença do Dakar por aqui. Mas a vontade de ir para o salar de Uyuni era muito grande e ficamos por vários dias pensando e cogitando todas as possibilidades, coletando informações do tipo que no Passo Jama, nossa entrada na Argentina, havia falta de combustíveis, mas na Bolívia tiveram dias de fronteira fechada devido a revoltas posteriores com o problema do aumento dos combustíveis, mas a decisão deveria ser tomada.
No final optamos por seguir para Tacna, pois o dia a mais em Cusco nos custaria muito caro na hora de conhecer o salar ou Puno, além disso depois de observar o calendário do Dakar descobrimos que faríamos o pernoite em uma cidade exatamente que seria um dia de descanso deles, ficamos com o Atacama.
Seguimos pela fronteira Peruana e entramos no Chile, já na cidade de Arica e no primeiro contato com o Dakar.
Chegando lá a visão é emocionante, os caminhões roubam a cena é algo indescritível, chama tanto a atenção que um motorista fascinado com os carros do Rally esquece de frear e bate atrás na moto parada no farol. Para a sorte de todos nada aconteceu e seguimos para o centro onde encontramos os nosso recém feitos amigos do grupo de estrangeiros. Paramos a moto sobre a praça, junto com inúmeras KTM's e outras Big Trail's de todo o mundo, as pessoas estavam fascinadas, queria tirar fotos, pediam para subir e ficavam estáticas admirando as belas motos, éramos como celebridades.
Conhecemos por lá um russo, que está em viagem pelas américas com um amigo lituano, os dois são demais e ficamos conversando muito com eles.
Comemos por lá e seguimos para a concentração onde infelizmente o acesso era fechado, mas conseguimos curtir muito, nós não sabíamos, mas esse clima de Dakar e algo contagiante, vimos que foi a melhor decisão.
Achamos um hotel a um preço muito bom e ficamos por lá a noite.
Abraços a todos

Décimo terceiro dia, a estrada mais bonita

Acordamos bem cedo e saímos de Nazca em direção a Arequipa, a informação que tínhamos era de que era uma estrada relativamente tranquila, com alguns postos de abastecimento.
Logo na saída de Nazca, em uma parte de planalto pegamos uma tempestade de areia, mas nada de muito grave e passamos longe de ter que parar para que a mesma passasse, depois disso um pouco de neblina vinda do Oceano Pacífico, esse sim foi o destaque, a estrada tem algumas curvas não muito fechadas que vão margeando o mar, coisa muito linda.
Infelizmente em alguns bons trechos ela apresenta um asfalto muito cheio de remendos, chegando a atrapalhar, mas no geral é uma estrada que vale a pena ser percorrida.
Chegamos em Arequipa as 14:30, mas antes de passear tínhamos que trocar o óleo da moto, que já estava fazendo hora extra. Para começar procuramos uma possível concessionária da Suzuki, mas ninguém sabia, apesar de alguns quilômetros antes, em outra cidade o próprio prefeito nos havia dito que tinha comprado a sua Suzuki em Arequipa.
Depois de muito perguntar achamos a avenida das lojas e através da Honda achamos um local que funciona como loja, atrás de um posto de gasolina e que trabalha com várias marcas de carros chineses e também com motos da Suzuki, que é japonesa para quem não sabe.
O próprio dono queria nos vender óleo para carro, mas em uma cidade daquele tamanho (a segunda maior do Peru) achamos que poderia haver pelo menos um lugar que tivesse o óleo para moto. Ele mesmo nos indicou uma rua onde haviam várias lojas vendendo produtos, sendo que a maioria tinha óleo e claro nenhum para moto. Depois de perder muito tempo haviámos achado duas lojas com óleo genérico e uma que tinha apenas 2 insuficientes litros.
A busca continua e finalmente achamos um lugar especializado em motos que tinha Motul por sorte, compramos e fomos para a concessionária genérica para trocar. Tivemos que acompanhar o serviço de perto, pois o próprio mecânico nunca havia visto tal tipo de moto, ainda bem que o filtro vinha conosco do Brasil.
Serviço feito fomos buscar um hotel e achamos um Hostal, muito bem localizado e com aparência pitoresca, para não dizer caindo aos pedaços, mas o preço baixo e a localização nos convenceram. Conhecemos lá o simpático casal Luis e Isabel, que estavam em viagem com um grupo de Motor Home e estavam no quarto ao lado.
Como tudo isso havia consumido o dia saímos a noite pelo lindo centro da cidade e depois fomos comer em uma cantina, dormimos cedo pois o dia seguinte era longo.
Abraços a todos

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Décimo segundo dia, saimos da moto para entrar no aviao

Como ontem quando chegamos para comprar o passeio aéreo sobre as Linhas de Nazca fomos informados que estava tudo lotado, optamos por ir bem cedo ao aeroporto e tentar direto nas companias. Acordamos bem antes das 5:30 e fomos para lá.
A informaçao era a mesma, tudo lotado, mas das 5 companias em operaçao, apenas duas quiseram colocar nossos nomes em uma lista de espera. Uma delas aparentava melhores chances e invstimos bastante simpatia para que desse certo.
A quantidade de pessoas é determinada pelo peso dos ocupantes, e as 9:00 fomos informados de que haviam 80 kg sobrando, mais do que suficiente para a Carol seguir, além do que melhoraria as nossas chances, pois faltava somente o Fernando, que sozinho já possui 115 kg.
As 9:30 a Carol retornou e começou o aguardo por 115 kg de sobra, que ocorreu depois das 11:30 da manha. Durante a espera conhecemos duas amigas de Sao Paulo que estao em viagem pelo Peru e também um casal, ele Suiço e ela Russa.
O voo é altamente nauseante, pois o aviao vai fazendo espirais dos dois lados, para que todos vejam as imagens, some a isso o vento muito forte e o balanço vertical de um aviao de 12 lugares voando baixo. Tudo isso vale a pena, é incrível ver o tamanho das imagens e a sua imponencia, até no começo nao temos idéia, mas ao passar por duas imagens onde vemos as pessoas lá em baixo observando por uma plataforma temos uma referencia da magnitude das imagens.
Vamos passar o resto do dia em Nazca, passeando pelo centro e curtindo um pouco do hotel, já que aqui sao 2:45 da tarde (3 horas a menos).
Abraços a todos

Décimo primeiro dia, mais um pouco de tudo

Hoje saímos bem cedo de Cusco com destino a Nazca, na verdade já ouvimos muitos relatos que dizem que Nazca nao tem a mínima graca, além do que aumenta mais de 500 km no roteiro. Mas mesmo assim optamos por seguir e conhecer as famosas linhas de Nazca.
No dia anterior haviamos encontrado um grupo que estava de moto em Cusco, todos se conheceram no Canal do Panamá e vinham de diferentes lugares, sem contar a nacionalidade diferente também. Eles haviam vindo de Nazca e disseram que foi a melhor estrada que já andaram, mas diferente do que achavamos foi necesário mais de um dia para cumprir o trajeto, eles acamparam, mas optamos por ir a uma agencia de turismo onde o Carlos e a Eulogia (gracias amigos), nos passaram muitas informaçoes sobre a estrada e dizendo para pernoitar em Puquio.
Logo que entramos na estrada começaram as intermináveis curvas fechadas, com velocidades de 20, 25 ou no máximo 30 por hora. O trajeto simplesmente nao rende, mas seguimos para Abancay, sob uma temperatura agradável e trajeto de descida, depois outro abstecimento em uma cidade que nao lembramos o nome e finalmente começamos subir, mais alto que Cusco, as temperaturas começaram a cair, mas estavamos mais bem preparados para o frio, logo uma chuva se armou e mais granizo pela frente, por sorte o trajeto seguiu para longe da nuvem e as pedradas foram por pouco tempo.
Seguimos desenvolvendo melhor pelo altiplano e descemos um pouco para as 4 da tarde. As informaçoes eram de que para seguir para Nazca o onibus demora 4 horas, mas em conversa com um policial rodoviário ele nos recomenda ir para Nazca, pois ficar em Puquio seria pior e apesar do trajeto ser de serra, com curvas bem fechadas, logo chegariamos a uma área mais desertica e a fina chuva iria passar, de acordo com ele de moto em duas horas estariamos em Nazca, ainda com sol.
Começamos a descer e a fina garoa virou chuva, além do que no começo é subida e nao descida, mas como ele disse depois a chuva parou, começou a descida e um clima desértico com muito sol tomou conta do cenário.
Chegamos em Nazca as 18:30, com quase 12 horas de viagem.
Abraços a todos

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Décimo dia, vamos postar antes de acabar

Hoje quando acordamos cedo nenhum dos dois estavam bem, provavelmente algo que comemos durante o passeio, para não forçar a barra optamos por ficar aqui mesmo durante o dia de hoje, vamos passear mais um pouco e vamos sair daqui apenas amanhã cedo.
Abraços a todos

Nono dia, finalmente Macchu Pichu

Contratamos um passeio completo, logo cedo iríamos do hotel para a estação de trem de van, depois a subida de trem até Águas Calientes e depois um onibus faz o transporte final até a entrada de Macchu Pichu, pegamos também um almoço no restaurante lá em cima.
Como previsto logo cedo um carro nos retirou e nos levou a estação, mas devido a um problema nos trilhos a própria empresa ferroviária levou a todos os passageiros de van até a próxima estação que fica a uma hora e meia de carro de Cusco.
Chegamos lá e aguardamos um pouco até a entrada no trem, que leva mais uma hora e meia até Aguas Calientes onde é necessário pegar um onibus de uma empresa local para subir, mas pode ir a pé também.
Chegando no local fizemos um passeio por todas as ruínas assistidos por um guia que explicava sobre tudo. No final do passeio nos ausentamos para almoçar, pois tínhamos hora, e depois voltamos para conhcer um pouco mais por nossa conta, até a hora de descer de onibus até Aguas Calientes.
Chegamos lá e o trem estava um pouco atrasado, voltamos até a estação de Ollataytambo, que é essa a uma hora e meia de Cusco pois lá haveria uma van que nos traria direto ao hotel. Para a nossa surpresa a van não estava lá, conseguimos com um onibus que viria para Cusco duas vagas e o mesmo acabou parando na porta do hotel.
Chegando no hotel entramos em contato com o Edson que havia deixado um bilhete que tudo estava resolvido ele me disse que as pastilhas de freio dianteiras estavam boas, mas as traseiras haviam sido vulcanizadas. Como ninguém conhecia o processo ele havia entrado em contato com o mecanico no Brasil que disse que é um processo válido, pelo menos para seguir viagem.
Macchu Picchu é um lugar incrível e imperdível, todos tem que vir pelo menos uma vez para cá para conhecer.
Abraços a todos

Oitavo dia, o primeiro sem andar de moto

Ontem a noite quando chegamos no hotel conhecemos o William, de Jundiaí, que está de moto aqui também e veio pelo mesmo caminho. Além dele um outro casal Tiago e Cintia que mora em Rio Branco e veio de aviao mesmo. Hoje o William saiu cedo com destino a La Paz na Bolívia e o Tiago e a Cintia passaram o dia todo com a gente conhecendo a cidade de Cusco.
Duante o passeio vimos a moto do Edson, um amigo nosso de Florianópolis que está em viagem. Paramos para conversar com ele e descobrimos que estávamos com o mesmo problema, um desgaste muito rápido dos freios da moto (o pneu dele também teve este desgaste precoce) e precisávamos resolver antes de continuar.
Nós quatro continuamos o passeio e a noite, juntamente com mais um brasileiro, o Carlos, que é de Porto Velho e está de carro por aqui com a sua flilha que nao estava bem de saúde e o Edson
Depois do jantar deixei a chave da moto com o Edson, pois estavamos com passeio marcado o dia todo e ele iria tentar resolver por aqui, ou iriamos ter que encomendar do Brasil.
Foi um dia bem tranquilo, mais para descansarmos um pouco.
Abraços a todos

sábado, 1 de janeiro de 2011

Sétimo dia, chegamos em Cusco, mas foi do peru

Já cedinho, na hora de abstecer fomos atacados por um cachorro enorme e que para a nossa sorte estava de fucinheira. logo depois descobri que a roda traseira estva desalinhada por conta da troca de pneu do dia anterior e precisei arrumar, mais atrasos.
Logo que saímos a chuva foi descomunal, vinha de balde e dificultou bastante a pilotagem, mesmo assim fomos seguindo. Mas logo a frente começou a subida da cordilheira e o frio começou a pegar nas nossas roupas já encharcadas, tornando o frio quase insuportável.
Durante a subida pegamos uma das piores neblinas que já vimos e para ajudar começou a nevar, fomos seguindo e baixa velocidade com muito frio, depois começamos a descer e a temperatura foi aumentando, mas logo depois subimos novamente e a pista estava com muita neve apesar de nao estar nevando.
Depois descida de novo e o sol apareceu timidamente para esquentar um pouco, acompanhou até a chegada em Cusco.
Para quem quer saber sobre a estrada, ela está 100% asfaltada, mas nao possui postos, apenas abastecimentos em casas com tambores. Tem apenas um desvio de 2 km por terra, mas bem tranquilo.
Abraços a todos

Sexto dia, o mais complicado de todos

O sexto dia de viagem começou cedo, pois nos dividimos entre lavar roupa e comprar o pneu para a moto. Mas as tarefas começaram rapidamente e consumir quase toda a manha e o dia era muito longo. Na hora de pegar o pneu a loja nao instalava e a hora passando, amarramos o pneu na moto e seguimos viagem com ele amarrado para trocar em Puerto Maldonado.
Os tramites foram muito demorados e apenas no começo da tarde conseguimos adentrar o território Peruano, mas logo no primeiro abastecimento o grifo (que é o posto deles) estava cheio de barro fofo e nós tres chafurdamos na lama. Moto em pé e abastecida seguimos viagem.
Faltando apenas 117 km para Puerto Maldonado resolvemos parar para verificar o pneu e para nosso desespero estava no radial, sem chance de chegar a Puerto Maldonado. No entanto lá é no meio da selva, nao tem nada a nao ser poucos povoados e em um destes parei para perguntar e descobri que no anterior aquele haveria alguem que poderia trocar o pneu.
Chegando no outro povoado e caçando quem poderia trocar o pneu (já estavamos prontos para dormir no chao da delegacia) quando apareceu a pessoa e já a noite no meio do nada o pneu foi trocado.
Seguimos até Puerto Maldonado mesmo a noite e pegamos uma balsa para entrar na cidade, sendo que para subir na balsa era necessário subir por 2 ripas de madeira. As tábuas abriram em por pouco a moto nao foi para a água, na saída o mesmo problema só que as ripas dobraram e a moto chegou a bater na água.
Achamos o hotel que estava com a rua em obras para ajudar e passamos a noite do reveillon dormindo.
Abraços a todos